Data: 14-03-2014
Criterio: N/A
Avaliador: Lucas Moraes
Revisor: Luiz Santos
Analista(s) de Dados: Rodrigo Amaro
Analista(s) SIG: Marcelo, Thiago
Especialista(s): Rafael Borges
Justificativa
Espécie endêmica do estado da Bahia (Cavalcanti & Graham, 2013), encontrada na Chapada Diamantina, nos municípios de Mucugê, Lençóis e no Morro do Pai Inácio, encontrada também no litoral do estado (CNCFlora, 2013). Ocorre em Caatinga e Cerrado (Cavalcanti & Graham, 2013), em Campos Gerais, Campos Rupestres, Campos Cerrados e Campos de Altitude da Chapada Diamantina (Cavalcante & Noronha, 2009). Possui registros de ocorrência amplamente distribuídos no estado, e está sujeita a mais de 10 situações de ameaça. Apesar de protegida pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina (CNCFlora, 2013), encontra-se ameaçada pelo uso agrícola da Caatinga, que tem modificado a vegetação com práticas desordenadas como queimadas e desmatamento (Schober, 2002). O uso da pecuária nesse bioma também tem modificado a vegetação nativa (Schober, 2002). A frequência do fogo na Chapada Diamantina, em particular, é muito preocupante e anualmente ocorre uma série de focos de incêndios florestais na região (MMA/ICMBio, 2007; Conceição & Neves, 2010). Somada às ameaças regionais, está o fato da espécie ocorrer no eixo Mucugê-Ibicoara, conhecida por sua intensa atividade agrícola. Ameaças que se não cessadas podem elevar a categoria da espécie para ameaçada.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Cuphea glareosa T.B.Cavalc.;
Família: Lythraceae
Espécie descrita em Kew Bull. 46: 262, fig. 5. 1991. Pertende à seção Euandra, subseção Oidemation, as quais se caracterizam por apresentar xilopodio bem desenvolvido; possuem os dois estames dorsais férteis e se diferenciam pelo formato e tamanho de suas folhas (Graham, 1990).
A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo no estado da Bahia (Cavalcanti & Graham, 2013), na Chapada Diamantina, nos municípios de Mucugê (T.B. Cavalcanti 335) e Lençóis, no Morro de Pai Inácio (F.S. Gomes 554). Encontrada também no litoral do estado (F.S. Gomes 217). Coletada em altitudes entre 11 m e (F.S. Gomes 217) e 1.200 m (Cavalcante & Noronha, 2009).
Subarbusto viscoso, de 30 cm a 1,4 m de altura (Cavalcante & Noronha, 2009) de ocorrência em Cerrado e Caatinga (Cavalcanti & Graham, 2013). Encontrada em campos gerais, Campos Rupestres, Campos de Altitude e Campos Cerrados da Chapada Diamantina, sobre solo areno-pedregoso (Cavalcante & Noronha, 2009).
A espécie foi coletada com flores em novembro (M.L. Guedes 5486), fevereiro (T.B. Cavalcanti 335) e maio (L.P. Queiroz 14572).
1.3 Tourism & recreation areas
Incidência
local
Severidade
low
Detalhes
O turismo é uma importante atividade econômica na região da Chapada Diamantina, sendo importante fonte geradora de emprego e renda para a população local. Entretanto, o IBAMA não tem provido o Parque Nacional da Chapada Diamantina de meios para que ele consiga se organizar para controlar a visitação e alguns problemas têm surgido e dificultado a sua gestão, tornando-a uma atividade conflitante e que requererá muitos esforços para o seu controle e manejo (MMA/ICMBio, 2007).
7.1.1 Increase in fire frequency/intensity
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
A elevada frequência do fogo na Chapada Diamantina é preocupante (Conceição & Neves, 2010). Anualmente ocorrem focos de incêndios florestais no estado da Bahia, mais especificamente na Caatinga, Cerrado, extremo sul e região da Chapada Diamantina. Estes fenômenos são ameaças constantes à biodiversidade, ocorrem de maneira natural, geralmente ocorrem devido a relâmpagos e têm características de localização bem definida (geralmente nos cumes das serras e locais de difícil acesso), e não chegam a 1% das ocorrências e geralmente são extintos pela chuva. Porém os incêndios na região da Chapada Diamantina são predominantemente de origem antrópica, com motivações variadas: o uso do fogo está ligado a quase todas as atividades tradicionais da região, econômicas ou não, inclusive no interior do Parque (MMA/ICMBio, 2007).
2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded
Incidência
regional
Severidade
high
Detalhes
O uso agrícola da Caatinga tem modificado a vegetação e trouxe práticas desordenadas, como desmatamento e queimada (Schober, 2002)
2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
No uso Caatinga para a pecuária, o superpastoreio de ovinos, caprinos, bovinos e outros herbívoros tem modificado a vegetação (Schober, 2002).
1.1 Site/area protection
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre no Parque Nacional da Chapada Diamantina (G. Almeida-Silva 110).
- Cavalcanti, T.B. & Graham, S. 2013. Lythraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: < http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB115753>.
- Cavalcanti, T.B. & Noronha, S.E. 2009. Lythraceae In: Giulietti, A. M.; Rapini, A.; Andrade, M. J. G.; Queiroz, L. P. de; Silva, J. M. C. D. (Eds.). Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservaçao Internacional; Univesidade Estadual de Feira de Santana, 496 p.
- Conceição, A.A. & Neves, S.P.N. 2010. Campo rupestre recém-queimado na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil: plantas de rebrota e sementes, com espécies endêmicas na rocha. Acta Botânica Brasileira, 24 (3): 697-707.
- MMA/ICMBio. 2007. Plano de Manejo para o Parque Nacional da Chapada Diamantina – Versão Preliminar. Disponível em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/parna_chapada_diamantina.pdf>. Acesso em 03 setembro 2013.
- Schober, J. 2002. Preservação e uso racional do único bioma exclusivamente nacional. Ciência e Cultura, 54 (2): 6-7.
CNCFlora. Cuphea glareosa in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Cuphea glareosa
>. Acesso em .
Última edição por Lucas Moulton em 25/11/2014 - 17:36:38